Resenha: Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo

   Olá lindos e maravilhosos!naomi e ely

Titulo Original: Naomi and Ely’s No Kiss List | Páginas: 256| Editora: Galera Record| Ano: 2015.

O livro conta a história de Naomi e Ely e a perspectiva do amor e amizade  sob os olhos de vários personagens.

Tudo começa da seguinte forma: Naomi é apaixonada por ser melhor amigo gay. Eles tem A Lista do Não-Beijo onde estão os nomes de todas as pessoas que eles estão proibidos de beijar. 

Tudo está indo as mil maravilhas quando Ely confessa ter beijado Bruce, namorado de Naomi.

Depois disso e a não aceitação de Naomi, eles entram em uma certa guerra levando os moradores do prédio onde moram junto em toda a bagunça deles.

Falando do prédio, aquele lugar não é nem um pouco parecido com os prédios normais. Além de ter Gabriel (o porteiro muito gato) eles tem, bingos as madrugadas e clube de pessoas com insônia. Adorei esse prédio!

Enfim, voltando a história, Naomi não aceita de forma alguma a relação de Ely e Bruce, pois acredita que o destino deles é ficarem juntos e terem um casamento incrível, uma casa incrível e filhos incríveis.

Naomi é uma garota linda, extremamente forte, cheia de atitude, não se importa com o que os outros pensam (com exceção a Ely), mas totalmente vadia. Pelo menos é o que ela quer que as pessoas vejam, pois ela tem um coração enorme, já passou por muitas coisas na vida e sempre com Ely ao seu lado e também tem vários medos. Mas, no final do dia é sempre ela e sua mãe.

Já Ely poderia ser artista de cinema ou uma Drag Queen famosa se quisesse. Autêntico, espontâneo, estiloso e seguro de si. Teve muitos namorados e corações partidos antes de se aproximar de Bruce e o único amor que ele é capaz de deixar transparecer, é seu amor por Naomi.

Eu até poderia falar de Bruce e de toda a sua culpa na briga de Naomi e Ely, mas o foco principal não é esse e sim a lealdade e a amizade dos dois ao longo de toda a vida, pois como diz Ely em certa parte do livro “Dizer que é amigo de alguém, é fácil. Ser um amigo de verdade, não.”

A amizade deles teve muitos altos e baixos ao longo dos anos, mas o que os mantinham unidos era esse amor um pelo outro. 

Ely pode sim ter traído a confiança de Naomi quando beijou Bruce, mas a verdade sobre tudo isso é  o fato de que Ely  estava quebrando todas as fantasias de Naomi ao se apaixonar por Bruce.

“Mentiras são mais fáceis de processar. Menti para Ely dizendo que não tenho o menor problema com alguém ser gay. E não tenho mesmo. Exceto no caso de Ely. Ele deveria ser meu, no melhor estilo Felizes para Sempre, marcados pelo destino. Menti para Ely dizendo que entendia, é claro, que o verdadeiro destino dele era o glorioso reinado cor-de-rosa, e que aquilo esteve óbvio o tempo todo”.

“Não existe alma gêmea… e quem gostaria que existisse? Não quero ser metade de uma alma compartilhada, quero a porra da minha própria alma”

“É uma grande mentira dizer que só existe uma pessoa com quem se vai ficar pelo resto da vida. 

Se tiver sorte – e se esforçar bastante -, sempre haverá mais de uma”

Foi minha primeira leitura de David Levithan, mesmo sendo uma co-parceria com Rachel Cohn com quem já havia trabalhado em “Nick&Nora” (não li, mas já está no topo da lista).

A forma como abordaram os diversos assuntos com foco na amizade e a homossexualidade foi incrível. Escrita leve, divertida me tirando muitas risadas e sempre direto ao ponto sem deixar de falar de alguns momentos de pura reflexão sobre os assuntos, causando sempre um impacto diferente e fazendo com que leituras assim seja minhas preferidas.

Mesmo gostando muito da escrita teve alguns momentos que fiquei confusa na narrativa de Naomi, pois é utilizado alguns símbolos, mas não impediu o entendimento ao longo da história.

Cada capítulo é narrado por um personagem diferente como disse lá em cima, nos proporcionando ter uma ideia do que cada um está pensando no meio de toda a confusão.

Me apaixonei por cada personagem (até aprendi a gostar de Naomi em certo ponto). Todos tiveram grande importância no desfecho e confesso que gosto de livros assim, onde nenhum personagem seja esquecido.

Como primeira leitura de Levithan e Cohn, não tenho com o que comparar, mas deixo claro que foi uma das minha melhores leituras deste ano.

Ps: Lá em cima falei de Gabriel. O capítulo dele é um dos meus preferidos pois tem uma playlist com músicas incríveis 😉

Ps²: Vai ter filme! Estrelado por Victoria Justice e Pierson Fode. Até onde sei (me desculpem se eu estiver errada!) vai estrear dia 17 de julho.

Fotinhas extras para vocês 😉

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Beijos!

3 comentários em “Resenha: Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo

  1. Eu costumava gostar bastante do David Levithan, mas de repente cansei e não sei explicar por quê, haha! Eu li Nick e Norah e achei fraco e comecei a ler o Dash and Lily’s Book of Dares, também dele com a Rachel Cohn, e abandonei. Talvez por isso, não tenha me animado em ler esse… até tenho uma vontade, mas também tenho receio, sabe? Quem sabe um dia?
    Beijos

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